Tuesday 1 April 2014

GOVERNO E RENAMO CRIAM COMANDO CENTRAL

Maputo, 31 Mar (AIM) O governo e a Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, anunciaram hoje, em Maputo, a criação de um comando central que vai trabalhar com vista garantir o fim das hostilidades entre as Forças de Defesa e Segurança e daquele antigo movimento rebelde.
O comando central, composto por 70 observadores nacionais e 23 internacionais, será liderado por um brigadeiro proveniente do Botswana e coadjuvado por representantes da Itália e do Zimbabwe.
No que concerne a composição dos membros nacionais, 35 são do governo e igual número da Renamo. As partes também acordaram sobre a distribuição das várias subunidades nas províncias de Sofala, Tete, Nampula e Inhambane.
Discutimos também sobre os dias, ou seja, o tempo para realizar a operação. Continuamos a defender que no mínimo tinha que ser até 28 de Fevereiro de 2015, ou pelo menos 180 dias prorrogáveis dado que o programa será complexo. Como se sabe essa questão do cessar-fogo está ligada com a questão de defesa e segurança, disse, hoje, em Maputo, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, em conferência de imprensa minutos após o término da 48ª ronda do diálogo.
Macuiane, que também é deputado parlamentar da Renamo, sublinhou que para além de se definir uma política de segurança, o seu partido quer integrar os seus homens nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), na Polícia moçambicana (PRM), bem como no Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE).
Queremos a participação plena da Renamo. Gostaríamos que a missão pudesse acompanhar e supervisionar este processo para trazer maior dignidade ao processo e criar maior confiança entre os irmãos moçambicanos, refiro-me ao Governo e a Renamo, vincou.
Por seu turno, o chefe da delegação do governo e ministro da agricultura, José Pacheco, disse acreditar que os termos de referência sobre os observadores internacionais serão assunto do passado até a próxima sessão do diálogo.
O diálogo foi excelente. Se não houvesse outras agendas teríamos já os termos de referência sobre observadores internacionais. Certamente que na quarta-feira vamos ter (os termos de referência), afirmou Pacheco.
Faltam apenas pequenos aspectos em alguns conteúdos para fechamos os termos de referência sobre os observadores internacionais que vêm para observar o processo de cessação das hostilidades e da desmilitarização da Renamo.
A sessão do diálogo acabo por sofrer uma interrupção devido a outros compromissos urgentes do governo. Por isso, foi agendada uma outra para ter lugar na próxima quarta-feira.


(AIM)

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