Monday 13 October 2014

Marginalização da oposição atinge o cúmulo


 TVM encerra campanha eleitoral com um serviço vergonhoso


 Terminou na madrugada de ontem a campanha eleitoral com vista às eleições presidenciais, legislativas e para as Assembleias Provinciais. Se houve uma nota dominante na campanha, foi a vergonhosa actuação da Televisão de Moçambique, que praticamente se colocou ao serviço dopartido no poder, contra a oposição e os seus candidatos. Mas o pior estava por vir, e aconteceu no domingo, no dia do encerramento da campanha eleitoral. A TV pública, que vive dos impostos de todos os moçambicanos, incluindo os da oposição, decidiu transmitir em directo todo o “showmício” da Frelimo e de Filipe Nyusi, que decorreu no Zimpeto. Quando as críticas começaram a chover nas redes sociais, apontando para a o cúmulo da desonestidade, eis que a TVM simula uma transmissão em directo do comício de Afonso Dhlkama, a partir do campo “25 de Junho” em Nampula. Só que, quando Dhlakama começou a discursar, a TVM suspendeu a emissão, para passar o programa “Moçambique em Concerto”, que é apresentado por Gabriel Júnior, candidato a deputado da Assembleia da República pela Frelimo. A deputada da Renamo, Ivone Soares, que é um dos rostos da Renamo mais visíveis nesta campanha, tratou de denunciar logo a diferença de tratamento.
Mas o mais grave foi o que a TVM fez com o Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Simplesmente não transmitiu o seu comício, alegando problemas de fibra óptica.
Não nos foi possível colher as explicações da Direcção da TVM sobre o escândalo das transmissões de ontem. O “Canalmoz” sabe que o comício de Dhlakama só foi transmitido, ainda que pela metade, porque, na semana passada, o próprio candidato da Renamo Afonso Dhlakama ligou para o Presidente da República, Armando Guebuza, a informá-lo de que “não estava a agostar das brincadeiras da TVM”, que passava a vida a cortar as peças sobre Dhlakama no diário da campanha. Dhlakama chegou mesmo a ameaçar tomar medidas, e foi aí que Guebuza ligou para o director do GABINFO, Ezequiel Mavota, que tratou de ligar para o PCA da TVM, a dar indicações para não cortarem as peças de Afonso Dhlakama. Mas tudo indica que não passou de uma intervenção momentânea, pois no domingo a TVM voltou a brindar os telespectadores com mais uma actuação vergonhosa.



Canalmoz

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