Saturday 18 October 2014

Organizações da sociedade civil: Votação viciada por irregularidades

 
Uma missão de observação eleitoral composta por cinco organizações da sociedade civil moçambicana considera que as eleições gerais de quarta-feira foram caracterizadas por "uma série de irregularidades que viciaram o processo".
"Nestas eleições, o Parlamento Juvenil de Moçambique (PJ), o Fórum das Rádios Comunitárias de Moçambique (FORCOM), a Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), o Fórum Mulher e o Centro de Integridade Pública (CIP), na qualidade de observadores, constataram uma série de irregularidades que viciaram o processo", referem as cinco organizações, numa declaração lida esta sexta-feira, dia 17 de Outubro, em Maputo à imprensa.
Entre as alegadas irregularidades, aquela missão de observação apontou o impedimento no acesso dos delegados dos partidos da oposição e de observadores às assembleias de voto devido à alegada desorganização na emissão das credenciais, envio de boletins de voto sem urnas para votação e morosidade na abertura e atendimento nas mesas de voto.
A violação da distância de 300 metros entre o local do posicionamento da polícia e as assembleias de voto e a movimentação da Força de Intervenção Rápida (FIR), polícia antimotim, em locais próximos das assembleias de voto, são também algumas das anomalias apontadas pelas cinco organizações.
"Em Mambone, na província de Inhambane, jornalistas da Rádio Comunitária Arco de Homoíne identificaram polícias com pastas estranhas a tentarem entrar numa escola primária local, tendo sido interditos por partidos da oposição", indica a declaração, lida por Benilde Nhalivilo, da FORCOM.
Nhalivilo disse ainda que a votação foi manchada por constantes suspeitas e acusações de fraude devido a tentativas de enchimento de urnas, cortes de luz, e recusa de afixação de editais em vários postos de votação pelos presidentes das mesas de voto.
"Face à exposição destes casos, a nossa posição é de repreensão e profunda preocupação em relação à transparência e liberdade deste processo, dado o ambiente de incerteza procedimental que se assiste no processo", realçou Benilde Nhalivilo.
Em declaração aos jornalistas, a presidente da LDH, Alice Mabota, disse que algumas das situações ocorridas no dia da votação, configuram uma ação deliberada de viciar os resultados das eleições gerais, apontando a alegada proliferação de boletins de voto encontradas na posse de estranhos.
"Os boletins de voto não se vendem numa loja, estão sob domínio dos órgãos eleitorais. Como é que aparecem nas mãos de estranhos?", questionou Mabota.
Resultados oficiais provisórios dos órgãos eleitorais, relativos a um terço das mesas de voto, colocavam a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e o seu candidato presidencial, Jacinto Nyusi, na dianteira, com cerca de 60%, seguido da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição e seu candidato, Afonso Dhlakama, com pouco mais de 30%, e pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior força, Daviz Simango, com cerca de 11%.
Mais de dez milhões de moçambicanos foram chamados na quarta-feira para escolher um novo Presidente da República, 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das assembleias provinciais.
No escrutínio concorreram três candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos politicos.


Lusa – 17.10.2014

3 comments:

Anonymous said...

A Frelimo é uma vergonha terrível (É terrorista). Guebuza fez roubar de vez dinheiro e comprar os navios de pesca, mas só comprou navios navios e as redes? Não faz mal, reconhecendo o vosso esforço de levar o país a falência, o Povo moçambique fará uma contribuição em disnheiro para compra das redes e, automaticamente mudar de actividade que, no lugar de política deve agora pescar, acho que isso pode conseguir. Nyusi vai ser presidente na associação EMATUM e não do povo Moçambicano. Eh, eu nunca vi, se fosse namorado, para sair dele precisaria mudar de nacionalidade e desaparecendo de sua vista.

A malandragem acabou, até já tinha feito camisetas dizendo "Benvindo Presidente Nyusi", mas Nyusi dele também é apagado assim?! Nem com olhos fechados posso votar mais, é panhonho demais, aceita ser levar para um processo que apaga sua imagem boa toda, vestindo-se de ladrão, akimbizi, vão ver...

Anonymous said...

A Frelimo é uma vergonha terrível (É terrorista). Guebuza fez bem roubar de vez dinheiro e comprar os navios de pesca, mas só comprou navios e as redes? Não faz mal, reconhecendo o vosso esforço de levar o país a falência, o Povo moçambique fará uma contribuição em disnheiro para compra das redes e, automaticamente mudar de actividade que, no lugar de política deve agora pescar, acho que isso pode conseguir. Nyusi vai ser presidente na associação EMATUM e não do povo Moçambicano. Eh, eu nunca vi, se fosse namorado, para sair dele precisaria mudar de nacionalidade e desaparecer de sua vista.

A malandragem acabou, até já tinha feito camisetas dizendo "Benvindo Presidente Nyusi", mas Nyusi dele também é apagado assim?! Nem com olhos fechados posso votar mais, é panhonho demais, aceita ser levar para um processo que apaga sua imagem boa toda, vestindo-se de ladrão, akimbizi, vão ver...

Anonymous said...

Mas onde estudaram esta estatística que usaram para o cálculo e estimações nas eleições? De que docente passaram? Só pode ser lá na escola da Frelimo, na Matola. Como é que 504 votantes, um de cada vez vai produzir vão produzir 1470 votos? Nasceu um novo Poisson asiático que vos ajudou a fazer os cálculos não é? Se Dlhakama teve 192 e Simango igual a 310, Nyusi só podia ter 2 ou menos contando com a possibilidade de voto/s nulo/s e as 966 pessoas que votaram em Nyusi vieram de onde? É crítico e vergonhoso. Falem para Guebuza que agora aprendemos estatística de verdade e não aquela que aprendiam para facilitar a contagem e distribuição de armas e balas para liquidar o colono. Agora até podemos estimar a possibilidade dele criar erros no pensamento por hora, dia, semana, mês para aí em diante, por favor deixem de brincar conosco.