Monday 3 November 2014

Frelimo e Serviços Secretos inventam manifestação da Renamo

Com medo da reacção popular depois da fraude
 
Na terça-feira da semana passada, os Serviços Secretos do Governo e o G40 inventaram que o embaixador norte-americano em Maputo, Douglas Griffiths, ter-se-ia reunido com o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, e com o presidente do MDM, Daviz Simango, para os incitar a não aceitarem os resultados das recentes eleições gerais e provinciais. Depois, na quinta-feira, 30 de Outubro, dia em que foram anunciados pela CNE e o STAE os resultados da votação, os mesmos Serviços Secretos  simularam
 uma tentativa de perturbação da ordem pública e de vandalismo, cujo objectivo era imputar a responsabilidade à Renamo, que, alegadamente, estaria a protestar contra os resultados.
Na quinta-feira, horas antes do anúncio dos resultados das eleições, em Maputo, os serviços de inteligência da Frelimo usaram as redes sociais e outros meios para exortarem os ministérios para que fechassem mais cedo e as pessoas fossem para casa, alegadamente porque a Renamo havia programado levar a cabo actos de violência, como forma de protesto contra os resultados.
Os ministérios e outros serviços encerraram ao público. Os serviços de transporte também foram afectados pela ameaça. Mas não houve qualquer violência, porque a Renamo não alinhou na chantagem, que pretendia, por um lado, manchá-la e, por outro lado, abater os seus membros. Mas a campanha de desinformação serviu para criar medo.

(Bernardo Álvaro, Canalmoz)

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