Wednesday 19 November 2014

“Renamo é único partido que pode arrastar o governo ao diálogo”

Luís de Brito do IESE dispara
 
O Director do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), Luís de Brito, disse na semana passada em Quelimane que a Renamo é único partido neste país que pode forçar o governo a qualquer diálogo. Brito, falava a margem do lançamento do livro “Desafios para Moçambique 2014”, acto que teve lugar no auditório da Faculdade de Ciência Políticas e Sociais, da Universidade Católica de  Moçambique, UCM, delegação de Quelimane.
Segundo aquele académico, este diálogo, só pode acontecer com armas nas mãos olhando a forma como o governo tem sido relutante. Comentando a parte política deste livro, Luís de Brito começou por contextualizar o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, capital da Itália em1992, onde a obra questiona se foi um bom ou mau acordo. Nesta sua dissertação, a fonte foi mais longe ao afirmar que o país está num momento não muito bom, sobretudo depois das eleições de 15 de Outubro passado cujos resultados ainda estão por serem validados pelo Conselho Constitucional (CC).
Há riscos da paz ser ameaçada
Ao longo desta sua explanação de Brito, olhou o país com tristeza e explicou que há risco da paz estar ameaçada, por isso, os moçambicanos estão em eminência de voltarem a ouvir novamente o som das armas de fogo. Tudo porque os resultados eleitorais que quase todos contestam, em particular a Renamo, por sinal partido com armas que força muitas vezes o governo ao diálogo.
Aliás, a fonte explicou que os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) mostram claramente que a fraude esteve patente no escrutínio, dai que custa acreditar. “Há muitas dúvidas sobre estes resultados” -lamentou o director do IESE para depois acrescentar que “todos estamos em dúvidas de quem ganhou as eleições por causa das tamanhas irregularidades registadas” - rematou.
Governo Inclusivo
Quanto a este tema, o académico Luís de Brito diz que inclusão não significa pegar membros da oposição e colocar no governo. Para de Brito, inclusão significa que o governo que for declarado saber respeitar o outro partido mais votado, sobretudo, naquelas provinciais onde o maior número de votos, ou por outra, onde um candidato perdeu deve-se respeitar a vontade popular, consultando as pessoas que lá estão, sobre o que pretendem para as suas vidas.
A fonte, acredita que isso sim é que significa a partilha de poder. Recorde-se que Afonso Dhlakama, líder da Renamo, sempre falou de governo inclusivo.

( Atónio Zefanias, Diário da Zambézia, 19/11/14)

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