Wednesday 6 May 2015

Renamo exige presença do comandante da EMOCHM na mesa de negociações

Para esclarecer o que aconteceu no Guijá, província de Gaza
 Na passada segunda-feira, A delegação da Renamo exigiu ao Governo que seja chamado à mesa das negociações o comandante da Equipa Militar de Observadores da Cessação das Hostilidades Militares, brigadeiro Therego Seretse, a fim de ir esclarecer as causas que levaram os seus peritos a não se entenderem durante o trab...alho de inquérito sobre os confrontos militares entre forças governamentais e da Renamo, no Guijá, no início de Abril.
Saimone Macuiana, chefe da delegação da Renamo informou que o pedido surgiu depois de as partes divergirem sobre o relatório trazido pelos peritos militares acerca dos incidentes do Guijá.
As duas partes deram a conhecer que o relatório foi assinado por dois dos três coronéis da EMOCHM que estavam na comissão de inquérito, nomeadamente, o coronel zimbabweano Nelson Manjaranji (chefe da comissão), o coronel Alface, do Governo, e o coronel Mariano Nhongué, da Renamo. Os dois últimos estão afectos ao subcomando de Inhambane.
O coronel Mariano Nhongue não assinou o relatório devido ao facto de considerar que este não reflecte o que aconteceu no local, onde praticamente a comissão não trabalhou.
O relatório, assinado pelos coronéis Munjaranji e Alface, diz que houve presença de homens armados no distrito do Guijá, quinze dias antes da presença da equipa de observação militar que foi avaliar as circunstâncias da presença daqueles homens.
Lembre-se que foi a Renamo que pediu o inquérito, por ter entendido que os seus homens teriam sido atacados pelas Forças de Defesa e Segurança.
O relatório não foi mostrado à imprensa. José Pacheco, chefe da delegação do Governo, apenas disse que, por causa da presença de homens armados, a população abandona as suas residências para ir pernoitar no mato, com receio de ser atacada.
Os homens agora estão em parte incerta
“Neste momento, aparentemente esses homens armados dirigiram-se para lugares desconhecidos, e tudo indica em direcção ao Norte da província de Gaza”, disse José Pacheco.
Por sua vez, Saimone Macuiana, chefe da delegação da Renamo, disse que, não havendo consenso sobre o relatório do Guijá, o comandante da EMOCHM deverá ser solicitado para comparecer na mesa do diálogo entre o Governo e a Renamo.
“Mas não tivemos satisfação positiva do Governo. Estamos a insistir para que isso possa acontecer, de modo a apurar-se a veracidade dos factos que ocorreram no Guijá, para ajudar a corrigir o que está errado”, disse o deputado Macuiana.
Os Termos de Referência estabelecem que o comandante da EMOCHM presta relatório às delegações em sede das negociações, sendo por isso que a Renamo considera não haver inconveniência em chamar o brigadeiro Therego Seretse a prestar informações sobre o que aconteceu no Guijá, a ponto de os três coronéis se desentenderem.




(Bernardo Álvaro, Canalmoz)

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